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Apesar dos avanços na tecnologia de desfibrilação, a fibrilação ventricular refratária ao choque permanece comum durante a parada cardíaca fora do hospital. A desfibrilação externa sequencial dupla (choques sequenciais rápidos de dois desfibriladores) e a desfibrilação com mudança de vetor (mudança das pás de desfibrilação para uma posição ântero-posterior) foram propostas como estratégias de desfibrilação para melhorar os resultados em pacientes com fibrilação ventricular refratária.

O artigo dessa semana é um ensaio clínico randomizado de três braços conduzido em seis serviços paramédicos em Ontário, Canadá. As estratégias de desfibrilação foram: Terapia de desfibrilação padrão continuada com pás na configuração ântero-lateral, desfibrilação por mudança de vetor com pás transferidas para a posição ântero-posterior e dupla desfibrilação externa. O desfecho primário foi a sobrevivência à alta hospitalar e o desfecho secundário o término da fibrilação ventricular na análise subsequente do ritmo após a desfibrilação e 2 minutos de RCP.

Conclusão do autor: Entre os pacientes com fibrilação ventricular refratária, a sobrevivência à alta hospitalar ocorreu com mais frequência entre aqueles que receberam dupla desfibrilação ou desfibrilação com mudança de vetor do que entre aqueles que receberam desfibrilação padrão.

Referência: Cheskes et al, 2022

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