Os antibióticos são um dos pilares da terapia no tratamento de sepse/choque séptico, no entanto, de acordo com as diretrizes da Surviving Sepsis Campaign (SSC), o tempo para antibióticos é uma medida fundamental, embora haja evidências fracas para apoiar isso. Com isso, surgiu o questionamento se o uso de antibiótico no serviço pré-hospitalar seria benéfico para pacientes com suspeita de sepse.
Este artigo é um ensaio clínico, randomizado e multicêntrico. O estudo foi realizado em 10 grandes serviços regionais de ambulância na Holanda. Ele comparou os efeitos da administração precoce de antibióticos na ambulância versus cuidados habituais em paciente com infecção suspeita ou identificada. A intervenção foi feita com 2g de Ceftriaxona e o grupo controle recebeu ressuscitação com fluidos e oxigênio suplementar. O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas em 28 dias.
Conclusão do autor: Em pacientes com gravidade variável de sepse, o treinamento dos serviços de emergência melhorou o reconhecimento precoce e o atendimento em toda a cadeia de cuidados intensivos. No entanto, administrar antibióticos na ambulância não melhorou a sobrevida, independentemente da gravidade da doença.
Referência: Alam N et al, 2017
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