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Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto na mortalidade e morbidade do estabelecimento de uma via aérea definitiva no atendimento pré-hospitalar em comparação com a ausência desta em casos de trauma cranioencefalico (TCE). A intubação pré-hospitalar (IPH) foi proposta como uma intervenção potencial para salvar vidas em pacientes com TCE grave (Escala de coma de Glasgow <9) objetivando mitigar insultos secundários, como hipoxemia e hipercapnia. No entanto, seu impacto permanece controverso. Este artigo contou com 24 estudos, abrangendo 56.543 pacientes, e foi evidenciado que não houve diferença significativa na mortalidade entre a intubação pré-hospitalar e intra-hospitalar, embora tenha sido observada uma heterogeneidade substancial entre os estudos. A análise da morbidade também não mostrou diferença significativa. Apesar da complexidade do assunto, o estudo concluiu que é crucial intervir durante o colapso iminente das vias aéreas.

Conclusão do autor: Embora uma avaliação inicial não tenha revelado disparidades aparentes nas taxas de mortalidade entre os indivíduos que receberam intubação pré-hospitalar e aqueles que não receberam, análises subsequentes e ensaios controlados randomizados demonstraram que os pacientes submetidos à intubação pré-hospitalar apresentaram menor risco de morte e morbidade. Em um painel geral, faz-se necessário aprimorar a discussão sobre o assunto com estudos mais robustos.

Referência: Shafique MA, Haseeb A, Asghar B, Kumar A, Chaudhry ER, Mustafa MS. Assessing the impact of pre-hospital airway management on severe traumatic Brain injury: A systematic review and Meta-analysis. Am J Emerg Med. 2024 Jan 24;78:188-195. doi: 10.1016/j.ajem.2024.01.030. Epub ahead of print. PMID: 38301369.

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