Cerca de 10 a 35% dos pacientes comatosos pós parada cardiorrespiratória (PCR) apresentam padrões rítimicos e periódicos em eletroencefalograma (EEG) que podem refletir convulsões eletrográficas. O benefício do tratamento dessas alterações com uso de anti-conovulsivantes ainda parece incerto no desfecho neurológico.
Este artigo é o TELSTAR trial, um ensaio clínico, multicêntrico, com cerca de 172 participantes em 11 unidades de terapia intensiva na Holanda e Bélgica, que buscou avaliar se o tratamento do estado de mal epiléptico eletroencefalográfico após ressuscitação cardiopulmonar com anti-convulsivantes e sedativos de forma intensiva e gradual, alteraria o desfecho neurológico em pacientes comatoso pós PCR.
Conclusão do autor: Em pacientes comatosos após PCR com atividade rítmica e periódica em EEG, tratamento anticonvulsivante durante um período de pelo menos 48 horas não melhorou os resultados neurológicos em 3 meses, mas o amplo intervalo de confiança para o resultado primário pode não descartar modesto benefício ou dano.
Referência: (RUIJTER et al., 2022)
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