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Você durante uma reanimação cardiopulmonar (RCP) já precisou chocar o paciente várias vezes?

Pois bem, o artigo desta semana é uma meta-análise e revisão sistemática que teve como objetivo avaliar se o betabloqueio comparado ao controle melhorou os resultados entre pacientes em PCR por FV/TV sem pulso refratária.

PubMed, Scopus, CINAHL, LILACS, as bases de dados Cochrane, Google Scholar e as bibliografias dos artigos selecionados foram avaliadas em 2 de setembro de 2019. Os dados foram resumidos e uma meta-análise foi realizada avaliando o retorno da circulação espontânea (RCE) temporário e sustentado, sobrevivência à admissão, sobrevivência à alta e sobrevivência com um resultado neurológico favorável.

Três estudos (n = 115 pacientes) foram selecionados para inclusão final. O beta-bloqueio foi associado a uma taxa aumentada de RCE temporário (OR 14,46; IC 95% 3,63-57,57), RCE sustentado (OR 5,76; IC 95% 1,79-18,52), sobrevivência até a admissão (OR 5,76; IC 95% 1,79-18,52), sobrevida até a alta (OR 7,92; IC 95% 1,85-33,89) e sobrevida com resultado neurológico favorável (OR 4,42; IC 95% 1,05-18,56).

Conclusão do autor: Os dados sugerem que o beta-bloqueio pode estar associado a melhores resultados, desde RCE até sobrevivência com um resultado neurológico favorável. Futuros ensaios clínicos randomizados são necessários para avaliar ainda mais esta intervenção em FV/TV sem pulso refratária.

Referência: (GOTTLIEB et al., 2020)

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