A Síndrome de Guillain Barré é a causa mais comum de Paralisia Flácida Aguda. Esse tipo de Paralisia acomete o segundo neurônio motor, vindo daí a sua flacidez pela ausência de reflexos.
A forma típica de apresentação é a alteração sensitivo-motora bilateral inicialmente distal e ascendente, rapidamente progressiva sem o acometimento do SNC. A doença chega ao seu "pior" estágio em, aproximadamente, 02 semanas. Sendo que, o pior desfecho para esse paciente é o acometimento da musculatura respiratória, que pode levá-lo à insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica.
Boa parte dos pacientes relatam infecções prévias, porém a ausência de doenças não exclui o diagnóstico.
Falando em diagnóstico, esses é baseado na história clínica e no exame físico, sendo apoiados por estudo do Liquor e eletrodiagnóstico. O achado clássico no liquor é a dissociação albumino-citologica: proteínas altas e células normais.
O tratamento é feito com base na imunomodulação, através do uso de Imunoglobulinas ou da Plasmaférese.
Devemos sempre lembrar da SGB em casos de Paralisia Flácida, pois a identificação precoce pode modificar o curso da doença. Segue o link do artigo (Diagnosis and Management of Guillain–Barré Syndrome in Ten Steps), que mostra uma abordagem prática para o diagnóstico dessa patologia.
Portanto, Emergencista, vamos colocar a SGB em um lugar especial da nossa memória.
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